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27 de mai. de 2009

Um dia de comemoração, pena que não tão festivo assim.

Ela protege uma das mais ricas biodiversidades do mundo, oferece locais de beleza cênica sem igual, contribui com o fornecimento de água para mais da metade da população brasileira e na regulação do clima de algumas das maiores cidades do país. É impossível falar da Mata Atlântica, uma das florestas mais exuberantes do mundo, sem usar superlativos para dimensionar sua importância e evidenciar sua urgente proteção. Restam apenas 7% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais ameaçados de extinção do país dependem desse ambiente para sobreviver; Onça-pintada, bicho-preguiça, lontra, mico-leão-dourado, gato-maracajá, muriqui, sabiá-cica e papagaio-do-peito-roxo são alguns dos 383 animais ameaçados de extinção e que dependem da Mata Atlântica.

Nesta quarta-feira, 27, comemora-se o Dia da Mata Atlântica. A data marca a necessidade de barrar o desmatamento, recuperar o que foi degradado, ampliar o número de áreas protegidas, públicas e privadas, e melhorar a gestão daquelas que já existem. Os principais núcleos de resistência da floresta são as áreas já protegidas, ou seja, parques públicos e reservas particulares criados por lei.

No estado de São Paulo, especialistas iniciam em junho testes em três parques estaduais, Intervales, Serra do Mar e Itinguçu, para, de um lado, controlar e prevenir o impacto da visitação e, de outro, melhorar as condições para que as unidades de conservação possam melhor receber as pessoas que queiram conhecer e proteger a Mata Atlântica. A ação será desenvolvida em parceria entre WWF-Brasil e Fundação Florestal.

E foi na Mata Atlântica que Charles Darwin, o criador da teoria da evolução, teve sua primeira experiência em uma floresta tropical num continente durante sua expedição no navio Beagle, em 1832. Foram três meses em que o naturalista coletou plantas, animais, insetos e acima de tudo se encantou com a multiplicidade de espécies e a beleza da mata. Em viagem ao Brasil no ano passado, refazendo o percurso do tataravô no Rio de Janeiro, Randal Keynes, tataraneto de Charles Darwin, disse que ele ficaria horrorizado com a destruição da Mata Atlântica brasileira: há 177 anos atrás, ele encontrou quase intocado o que agora está reduzido a apenas 7%.

Fonte: WWF

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