
Local em que antes era uma beleza natural do RJ em que muitos iam para passear, como Sônia Braga e Jorge Fernando, agora conta com odores fortíssimos, favelização crescente e a poluição, coisas que a deixam decadente.
O vídeo mostra o estado de uma das praias, a qual esta em um bom estado perto das outras.
Em contradição o jornal O Globo, na edição do dia 29 de agosto de 2009, afirma uma notícia quentissíma sobre as praias da Ilha de Paquetá:
Fica a dúvida como isso irá acontecer? Um milagre na Ilha? Em janeiro voltaremos para constatar se realmente as praias estarão próprias para banho. Se o milagre acontecer bem que podiam fazer o mesmo com todas as aréas marítimas que estão em péssimo estado.
Baía de Guanabara
A Baía de Guanabara, segunda maior baía do litoral brasileiro, possui uma área de cerca de 380km², englobando praticamente toda a Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Os atuais níveis de poluição da Baía de Guanabara são decorrentes de um processo de degradação que se intensificou, principalmente, nas décadas de 1950-1960, com o elevado crescimento urbano verificado, especialmente, na Região Sudeste do Brasil.
Apesar da renovação cíclica de suas águas com as do mar, a baía é receptora de uma significativa bacia hidrográfica, a qual, por sua vez, recebe uma gama variada de lançamentos líquidos e sólidos. Dentre as potenciais fontes poluidoras, encontram-se diversas tipologias industriais, terminais marítimos de produtos oleosos, dois portos comerciais, diversos estaleiros, duas refinarias de petróleo, entre outras atividades econômicas.
O crescimento populacional e o desenvolvimento industrial trouxeram, além da poluição, questões ambientais de ordem física, tais como a destruição dos ecossistemas periféricos à Baía, os aterros de seu espelho d'água, o uso descontrolado do solo e seus efeitos adversos em termos de assoreamento, sedimentação de fundo, inundações e deslizamentos de terra.
Ao mesmo tempo, sérios problemas de saúde pública vêm caracterizando a região da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara, refletindo a inadequada gestão dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos urbanos. Durante todo esse tempo, a execução dos serviços de infra-estrutura de saneamento e drenagem não acompanhou o crescimento populacional.
Em relação aos rios da bacia, pode-se dizer que aqueles que atravessam as áreas mais densamente povoadas são verdadeiras canalizações de esgoto a céu aberto, recebendo ainda grandes contribuições de despejos industriais e lixo. Nessa situação estão incluídos os afluentes da costa oeste da Baía, que vão do Canal do Mangue ao Canal de Sarapuí, além dos rios Alcântara, Mutondo, Bomba e Canal do Canto do Rio, na costa leste. Estes rios são utilizados, basicamente, para diluição de despejos, embora o uso que lhes é recomendado seja a manutenção da harmonia paisagística e estética.
“Mais necessário do que retirar o lixo da baía é não deixar que ele chegue até ela. E para isso é preciso ir além dos programas de conscientização ambiental, porque não adianta só educar a população se não há instrumentalização, ou seja, a implantação de aterros sanitários controlados, programas de coleta seletiva eficientes e a criação de estações de reciclagem de lixo, por exemplo”, afirma David Zee, especialista em ecossistemas urbano-costeiros.
No convênio celebrado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura do Rio de Janeiro, e, 8/1/2007 e publicado no diário Oficial em 9/1/2007, a gestão rios da costa oeste que nascem e deságuam no município do Rio de Janeiro (rio Acari, canal do Cunha, rio Farias, rio Irajá, canal do Mangue, canal da Penha e rio Pavuna) encontram-se sob responsabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Obras/SMO/Subsecretaria de Águas - RIO ÁGUAS, entretanto o monitoramento da qualidade de água, sedimento e biota continuará sendo feito pela FEEMA/DIAG.
Os demais rios da bacia são menos degradados. Para eles, pretende-se a manutenção da qualidade própria a usos mais nobres, tais como a preservação de flora e fauna, visando a preservação do ecossistema da Baía de Guanabara. O rio Guapi-Macacu tem a água de melhor qualidade da bacia, sendo fonte de abastecimento público para os municípios de Niterói e São Gonçalo, com captação no Canal de Imunana-Estação de Laranjal.
Frente a um quadro de degradação ambiental intenso, o Governo do Estado do Rio de Janeiro deu início, a partir de 1990, ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara-PDBG, com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento-BID e da Banco Japonês para Cooperação Internacional-JBIC. O principal objetivo do Programa é o atendimento às necessidades nas áreas de saneamento básico, abastecimento de água, coleta e destinação final de resíduos sólidos, drenagem, controle industrial e monitoramento ambiental.
Flora e Fauna da Baía de Guanabara
Apesar de tudo muita coisa ainda resiste ao estado lastimável que a Baía esta:
Mata Atlântica
Considerado um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, a mata atlântica abriga espécies que não existem mais em qualquer outro lugar do planeta, como o rato do mato, o tié-de-coroa e a choquinha, além de plantas como o pequiá-marfim, o capim-bambu e os inúmeros gravatás.
Matas Paludosas
Muito devastadas, são matas que vivem no solo encharcado de água doce extravasada dos rios e ostentam ainda espécies como figueiras, árvore-de-coral, araticum-do-brejo, embaúba e coco de tucum.
Brejos
Os brejos caracterizam-se pela presença da taboa, que cobre grandes áreas, propiciando locais de nidificação e abrigando numerosas aves aquáticas. Dentre as outras espécies vegetais encontradas neste habitat estão o algodoeiro-da-praia, a samambaia-do-brejo, o aguapé e a lentilha-d'água. Os peixes mais comuns são a traíra e o acará. As aves, por sua vez, estão representadas por saracuras, socós, frangos-d'água, irerês e ananaís.
Manguezais
São vegetações que crescem sobre o solo lamacento que sofre a influência das águas salgadas trazidas pelas marés altas e das águas doces dos rios. Três espécies de árvores podem ser identificadas: o mangue vermelho ou bravo, o mangue branco e o mangue seriba ou seriuba.
Sobre as raízes expostas e troncos baixos das árvores vivem cracas e algas vermelhas.Embora as ostras já tenham desaparecido, ainda há outros moluscos, como o caranguejo-do-mangue, e enterrados na lama encontram-se ainda a samanguaíra, a unha-de-velho e nas águas rasas vive o siri-azul.
As principais aves do manguezal são a garça-branca-grande e a garça-branca-pequena. O coelheiro está rareando e o guará, ameaçado de extinção, foi registrado pela última vez nos manguezais de Magé em 1952.
As águas da baía
O boto é o único mamífero que ainda freqüenta as águas da Baía.
As baleias que nelas vinham parir seus filhotes, há muito não o fazem, assim como não são mais vistas as tartarugas.
Os camarões estão com sua população extremamente reduzida. Por outro lado, os mexilhões têm proliferado nos pilares da Ponte Rio Niterói.
Somente as espécies de algas mais resistentes ainda são vistas nas águas da baía. A pesca, assim como o número de espécies de peixes, decaiu consideravelmente. Dentre os peixes de importância econômica, ainda podem ser pescados o robalo e o badej.
Fontes: Arquivo pessoal; Feema; Instituto Baía de Guanabara.
Baía de Guanabara
A Baía de Guanabara, segunda maior baía do litoral brasileiro, possui uma área de cerca de 380km², englobando praticamente toda a Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Os atuais níveis de poluição da Baía de Guanabara são decorrentes de um processo de degradação que se intensificou, principalmente, nas décadas de 1950-1960, com o elevado crescimento urbano verificado, especialmente, na Região Sudeste do Brasil.
Apesar da renovação cíclica de suas águas com as do mar, a baía é receptora de uma significativa bacia hidrográfica, a qual, por sua vez, recebe uma gama variada de lançamentos líquidos e sólidos. Dentre as potenciais fontes poluidoras, encontram-se diversas tipologias industriais, terminais marítimos de produtos oleosos, dois portos comerciais, diversos estaleiros, duas refinarias de petróleo, entre outras atividades econômicas.
O crescimento populacional e o desenvolvimento industrial trouxeram, além da poluição, questões ambientais de ordem física, tais como a destruição dos ecossistemas periféricos à Baía, os aterros de seu espelho d'água, o uso descontrolado do solo e seus efeitos adversos em termos de assoreamento, sedimentação de fundo, inundações e deslizamentos de terra.
Ao mesmo tempo, sérios problemas de saúde pública vêm caracterizando a região da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara, refletindo a inadequada gestão dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos urbanos. Durante todo esse tempo, a execução dos serviços de infra-estrutura de saneamento e drenagem não acompanhou o crescimento populacional.
Em relação aos rios da bacia, pode-se dizer que aqueles que atravessam as áreas mais densamente povoadas são verdadeiras canalizações de esgoto a céu aberto, recebendo ainda grandes contribuições de despejos industriais e lixo. Nessa situação estão incluídos os afluentes da costa oeste da Baía, que vão do Canal do Mangue ao Canal de Sarapuí, além dos rios Alcântara, Mutondo, Bomba e Canal do Canto do Rio, na costa leste. Estes rios são utilizados, basicamente, para diluição de despejos, embora o uso que lhes é recomendado seja a manutenção da harmonia paisagística e estética.
“Mais necessário do que retirar o lixo da baía é não deixar que ele chegue até ela. E para isso é preciso ir além dos programas de conscientização ambiental, porque não adianta só educar a população se não há instrumentalização, ou seja, a implantação de aterros sanitários controlados, programas de coleta seletiva eficientes e a criação de estações de reciclagem de lixo, por exemplo”, afirma David Zee, especialista em ecossistemas urbano-costeiros.
No convênio celebrado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura do Rio de Janeiro, e, 8/1/2007 e publicado no diário Oficial em 9/1/2007, a gestão rios da costa oeste que nascem e deságuam no município do Rio de Janeiro (rio Acari, canal do Cunha, rio Farias, rio Irajá, canal do Mangue, canal da Penha e rio Pavuna) encontram-se sob responsabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Obras/SMO/Subsecretaria de Águas - RIO ÁGUAS, entretanto o monitoramento da qualidade de água, sedimento e biota continuará sendo feito pela FEEMA/DIAG.
Os demais rios da bacia são menos degradados. Para eles, pretende-se a manutenção da qualidade própria a usos mais nobres, tais como a preservação de flora e fauna, visando a preservação do ecossistema da Baía de Guanabara. O rio Guapi-Macacu tem a água de melhor qualidade da bacia, sendo fonte de abastecimento público para os municípios de Niterói e São Gonçalo, com captação no Canal de Imunana-Estação de Laranjal.
Frente a um quadro de degradação ambiental intenso, o Governo do Estado do Rio de Janeiro deu início, a partir de 1990, ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara-PDBG, com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento-BID e da Banco Japonês para Cooperação Internacional-JBIC. O principal objetivo do Programa é o atendimento às necessidades nas áreas de saneamento básico, abastecimento de água, coleta e destinação final de resíduos sólidos, drenagem, controle industrial e monitoramento ambiental.
Flora e Fauna da Baía de Guanabara
Apesar de tudo muita coisa ainda resiste ao estado lastimável que a Baía esta:
Mata Atlântica
Considerado um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, a mata atlântica abriga espécies que não existem mais em qualquer outro lugar do planeta, como o rato do mato, o tié-de-coroa e a choquinha, além de plantas como o pequiá-marfim, o capim-bambu e os inúmeros gravatás.
Matas Paludosas
Muito devastadas, são matas que vivem no solo encharcado de água doce extravasada dos rios e ostentam ainda espécies como figueiras, árvore-de-coral, araticum-do-brejo, embaúba e coco de tucum.
Brejos
Os brejos caracterizam-se pela presença da taboa, que cobre grandes áreas, propiciando locais de nidificação e abrigando numerosas aves aquáticas. Dentre as outras espécies vegetais encontradas neste habitat estão o algodoeiro-da-praia, a samambaia-do-brejo, o aguapé e a lentilha-d'água. Os peixes mais comuns são a traíra e o acará. As aves, por sua vez, estão representadas por saracuras, socós, frangos-d'água, irerês e ananaís.
Manguezais
São vegetações que crescem sobre o solo lamacento que sofre a influência das águas salgadas trazidas pelas marés altas e das águas doces dos rios. Três espécies de árvores podem ser identificadas: o mangue vermelho ou bravo, o mangue branco e o mangue seriba ou seriuba.
Sobre as raízes expostas e troncos baixos das árvores vivem cracas e algas vermelhas.Embora as ostras já tenham desaparecido, ainda há outros moluscos, como o caranguejo-do-mangue, e enterrados na lama encontram-se ainda a samanguaíra, a unha-de-velho e nas águas rasas vive o siri-azul.
As principais aves do manguezal são a garça-branca-grande e a garça-branca-pequena. O coelheiro está rareando e o guará, ameaçado de extinção, foi registrado pela última vez nos manguezais de Magé em 1952.
As águas da baía
O boto é o único mamífero que ainda freqüenta as águas da Baía.

Os camarões estão com sua população extremamente reduzida. Por outro lado, os mexilhões têm proliferado nos pilares da Ponte Rio Niterói.
Somente as espécies de algas mais resistentes ainda são vistas nas águas da baía. A pesca, assim como o número de espécies de peixes, decaiu consideravelmente. Dentre os peixes de importância econômica, ainda podem ser pescados o robalo e o badej.
Fontes: Arquivo pessoal; Feema; Instituto Baía de Guanabara.
boa tarde , gostei muito do seu material Camilla, estou fazendo minha monografia exatamente a respeito da Baia de Guanabara e estou lendo vários sites ... e concordo com vc está matéria está totalmente equívocada, também estou colhendo um material sobre este assunto , e pode ter certeza milagres não acontecem por lá, vou preferir visitar outra praia.
ResponderExcluirCláudia Tavares formanda em Ciências Biológicas
ola camila acabei de fazer parte do seu grupo e se vc me permitir alguns comentarios sobre a baia de guanabara. pois sou biologo nascido e criado no entorno da mesma,para termos certeza de que se trata de poluição devemos primeiro fazer uma coleta de material no local para ai sim darmos um diagnostico da posivel poluição.um forte abraço .
ResponderExcluirPermito todos os seus comentarios, serao tds mt bem vindos, afinal um biologo pode falar muito melhor do que eu. Mas do alto de minha leviana sabedoria pode dizer que "saudavel" a Baia de Guanabara nao esta e isso tds sabemos, as Barcas que transitam por ali já pararam por causa de lixo, se nao me engano, no motor.
ResponderExcluirEu voltando ao Rio num daqueles ônibus de dois andares chamados de "double deck" avistei da janela do mesmo ao passar pela linha vermelha um colhereiro enorme branco e rosa que voava e depois pousou numa ilhota imunda ao lado de garças, socós e muito lixo. Aquilo me deixou triste mas ao mesmo tempo estarrecido e com uma ponta de esperança ao ver como a natureza insiste em sobreviver. Infelizmente nao tive tempo de tirar uma foto embora tenha tentado. Já o guará jamais avistei um sequer na baía da guanabara.Sei que ainda existem na baía de sepetiba.
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