A Dinamarca não desistiu de ser um líder mundial em ideias verdes. Com taxas bastante gordas, o governo dinamarquês está conseguindo, por exemplo, reduzir a emissão de CO2 nos transportes e diminuir o consumo de energia elétrica pela população.
Copenhague, a capital do país, possui 350 km de ciclovias. Hoje, 37% dos moradores de Copenhague percorrem de bicicleta por cerca de 1,2 milhão de km pelas ruas da cidade todos os dias. A meta é chegar a 50% em 2015. O motivo de tantas bikes nas ruas é simples: um carro na Dinamarca custa caro, e cerca de 60% do valor dos automóveis vai em impostos.
"Temos uma política de impostos agressiva. É uma maneira de atrair as pessoas economicamente para a questão ambiental", diz Lars Hansen, da Associação de Energia Dinamarquesa, espécie de conselheira do governo para assuntos verdes.
Também há incentivos para deixar os carros movidos a combustíveis fósseis na garagem. "Os veículos elétricos têm menos impostos e a partir do ano que vem(2011) estarão mais baratos", diz Hansen. Boa parte dos táxis dinamarqueses também são elétricos e identificados com uma espécie de selo verde.
As contas de consumo de energia elétrica, por sua vez, têm uma incidência de 50% de impostos. O objetivo é motivar os dinamarqueses a evitarem desperdício.
Um casal tira da carteira cerca de R$170,00 (cerca de 70 euros) por trimestre para pagar a conta de energia, o que é considerado bastante caro no país.
E cada vez mais eles optam em ser ecologicamente corretos, pois podem optar pelo consumo de energia renovável, como a eólica, pagando cerca de R$ 45,00 (20 euros) a mais por trimestre nas suas contas de luz. "Cada vez mais pessoas fazem essa opção", afirma Hansen.
Sem contar o aumento no consumo de produtos orgânicos no país: mais da metade do que se come na Dinamarca tem origem orgânica, trata-se de um recorde mundial. E esses produtos custam de 10 a 20% a mais do que aqueles que utilizam agrotóxicos. A meta do governo é que 80% do total consumido no país seja orgânico em 2015.
Fonte: Folha
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