No início de setembro a Coppe e a Comlurb assinaram um acordo para um estudo da viabilidade da produção de energia através do lixo.
Conforme o acordo, pesquisadores da Coppe, em parceria com técnicos da Comlurb, analisarão a viabilidade técnica e ambiental da instalação de uma unidade de tratamento no bairro do Caju, por onde passa metade do lixo produzido na cidade do Rio de Janeiro.
O Rio tem uma grande quantidade de lixo armazenado em terrenos largados. Prova disso foi o desastre em Niterói há alguns meses. Estudos como esse poderiam ter sido feitos antes de desastres e de tantos terrenos destinados a aterros sanitários, que por muitas vezes causam doenças a moradores próximos.
Espera-se agora que não fique só em um acordo de estudos e que seja colocado em prática. Da mesma forma que a Usina Verde, que funciona desde 2004, na Ilha do Fundão. O sistema da Usina hoje em dia está capacitado para gerar o dobro de energia atual que é usada para autoconsumo. Com 30 toneladas de lixo tratado que recebe por dia, provenientes do aterro sanitário da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) no Caju, a Usina Verde tem potência de 440 quilowatts (kW). Se funcionasse em tempo integral representaria cerca de 3.500 megawatts/hora (MWh) por ano, o que seria suficiente para abastecer 1.500 residências.
Além do RJ, São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, pretende construir uma usina de recuperação de energia (URE), que geraria eletricidade através do biogás obtido do lixo. O projeto foi apresentado também no inicio de setembro, pelo prefeito Luiz Marinho e está orçado em R$220 milhões. O objetivo da prefeitura é viabilizar o empreendimento por meio de uma Parceria Público Privada (PPP).
A usina seria implementada junto ao Lixão do Alvarenga e, junto com uma central de reaproveitamento e processamento de resíduos, ocuparia uma área de 30 mil m². Atualmente, São Bernardo gasta R$14 milhões por ano para descartar seu lixo no aterro Lara, em Mauá. A estimativa é de que, com o sistema em funcionamento, os custos caiam pela metade.
A prefeitura pretende disponibilizar em breve uma consulta pública para receber contribuições ao projeto. Após esse processo, deve ser lançado o edital de convocação para empresas interessadas em participar do empreendimento.
A dúvida que fica é: Porque insistir na energia nuclear que pode vir a matar e causar sérios danos de saúde por diversos anos e gerações, caso tenha algum acidente, quando se tem provas que a energia pode ser retirada do lixo? Lixo esse que fica causando problemas ambientais e de saúde as populações que residem próximo aos lixões, ao invés de deixar essas toneladas jogadas porque não partir logo para esse projeto da energia? Afinal a Usina Verde já provou que funciona!
Fontes: Jornal da Energia e Setorial News
Nenhum comentário:
Postar um comentário