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8 de out. de 2010

Vítimas de tubarões se unem para pedir que não acabem com o maior predador do oceano


Mesmo tendo sido vítimas de seus ataques, e em alguns casos perdido pernas, pés e braços, pessoas mostram ao mundo o quão são sensíveis. Nove sobreviventes de ataques de tubarões se reuniram no dia 13 de setembro na sede da ONU, em Nova York, para mostrar ao mundo que os tão temidos dos sete mares, como o tubarão branco, precisam de proteção urgente. Paul de Gelder, mergulhador da Marinha australiana, que teve a mão e parte da perna direita arrancadas no ano passado por um tubarão, perto da baía de Sydney, explicou que estava ali para "dar voz a um animal que não podia fazê-lo".

A campanha visa sensibilizar as pessoas que esses grandes predadores correm risco em virtude da ação do homem. A pesca intensiva está empurrando algumas espécies à beira da extinção, com 73 milhões de tubarões mortos anualmente só para a retirada de suas barbatanas, uma prática conhecida como "finning". "Estamos dizimando a população de tubarões por uma tigela de sopa, apenas", contou Gelder.

O Pew Environment Group, uma organização sediada em Washington e que levou os sobreviventes para a ONU, informou que 30% das espécies de tubarão estão ameaçadas ou à beira da extinção, enquanto se desconhece o destino de 47%. "As consequências para o ecossistema do oceano são muito amplas", explicou Matt Rand, diretor do programa de preservação de tubarões do instituto Pew ao ser perguntado sobre o que aconteceria caso os animais sumissem.

Cientistas alegam que exterminar os tubarões, que ocupam o topo da cadeia alimentar dos oceanos, criaria um efeito em espiral destrutivo para o ecossistema marinho. Por exemplo: os tubarões se alimentam de aves marinhas. Um declínio na população de tubarões significaria, assim, um aumento do número de aves marinhas que comem peixes que são a base alimentar do atum, outra espécie ameaçada.

Outro exemplo seria o colapso gradativo da vida nos arrecifes de coral, uma vez que a remoção do principal predador provocaria desequilíbrio no ecossistema. A instituição pressiona para por um ponto final ao "finning" (modalidade de pesca em que se retira apenas a barbatana do tubarão e depois o devolvem, agonizante, ao mar) e por um endurecimento das normas para sua caça em todo o mundo.

Os nove sobreviventes mostram que independente de terem sido atacados por animais dessa espécie sabem que é importante mantê-los vivos e não deixar que entrem em extinção. Se eles que sofreram alguma perca são capazes de pensar assim porque quem não perdeu nada, esta perfeito fisicamente, não pode abrir a mente e deixar o tubarão em paz?

Fonte: Folha

2 comentários:

  1. Realmente é um absurdo o que fazem com esses animais. Quando é que o ser humano vai perceber qu e o planeta não lhe pertence. è só uma espécie a mais que vive nele.

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  2. Quem o ser humano pensa que é?

    :// dou mais valor aos animais que nunca tentam ser mais que nenhuma outra espécie.

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